domingo, 31 de janeiro de 2010

Kaingangues e Guranis incendeiam carro da Funai em Londrina

do Jornal de Londrina

Cerca de 200 índios participaram de um protesto na tarde desta sexta-feira (29), em Londrina, contra o decreto federal que determina o fechamento dos escritórios da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Paraná. Com os corpos pintados, eles colocaram fogo e destruíram a pauladas um carro de serviço em frente à sede da fundação, na Avenida Celso Garcia Cid.

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Segundo um dos líderes indígena Marcio Lourenço, a decisão de queimar o veículo veio após o recebimento de um ofício de Brasília que autorizava os funcionários da Funai e recolher todos os bens e transferi-los para uma nova coordenação. Assim como foi formalizado o fechamento do escritório. A medida foi entendida como um retrocesso nas negociações entre governo e índios.
Há 15 dias, índios de sete aldeias das etnias Caingangues e Guaranis da região de Londrina ocupam a sede da Funai. Uma comissão indígena, que retornou nesta sexta-feira a Londrina, foi formada para negociar com o governo. Como não houve acordo, eles prometem uma série de protestos, como a queima das torres de transmissão de energia em todo o estado. “Se é guerra que querem, eles vão ter. Na hora que começar a cair torres por aí eles que não venham dizer que somos ruins”, ameaçou o cacique guarani Baraka Idju em entrevista ao telejornal Paraná TV.
De acordo com o telejornal, a Funai, em Brasília, não deu retorno para falar sobre o caso. No site do órgão, a fundação afirma que nenhum escritório será fechado no Paraná.

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