Há cerca de um mês o Deputado Federal Doutor Rosinha (PT-PR), recebeu em seu gabinete, em Brasília, a jornalista Sandra Terena, para falar sobre o sacrifício de crianças indígenas no Brasil. O deputado, que tem boas referências no estado, recebeu a indígena muito bem e prometeu fazer um requerimento de audiência pública para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. No entanto, não foi isso o que ocorreu.
Uma assessora do deputado engavetou o pedido de Sandra sem mesmo enviar para a comissão com a alegação de que o tema já foi debatido no ano passado e por problemas de agenda. A funcionária Cristina Leme “achou” que seria inócuo enviar o pedido, que trata de propostas para salvar a vida de nossas crianças. Ora, quem deve avaliar essa questão é a própria comissão de Direitos Humanos, não uma funcionária da Câmara. Mesmo com a agenda cheia, pela relevância social do tema, acredita-se que a audiência poderia ser encaixada ainda este ano. Enquanto isso, as nossas crianças vão ficar mais um tempinho sem assistência. Talvez o tempo de férias dos senhores deputados ou até encontrarmos um deputado que tenha coragem de encaminhar o pedido de audiência pública a comissão de Direitos Humanos.
O objetivo dessa audiência é mostrar aos parlamentares que o infanticídio, tema que até hoje foi tratado como lenda ou invenção é abordado por lideranças indígenas de várias etnias e mostra a verdade de forma incontestável. Mais ainda do que trazer a baila esse tema, agora como verdade, é o desejo dos índios de cuidar de suas crianças. Mas, para isso é necessário discutir políticas públicas. E o lugar adequado para isso é o congresso.
Absurdos como esse são todos os dias vistos na Câmara dos Deputados, assembléias legislativas e câmaras de vereadores de todo o Brasil. Mas, há uma maneira de mudar tudo isso. Em 2010 vamos novamente as urnas escolher nossos representantes. É um ótimo momento para analisar a postura de nossos parlamentares no congresso. Viva o Brasil.
1 comentários:
Estranhooooooo, no mínimo.
Ricardo Santos
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