quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um telefonema ilustre

link matéria do Correio Braziliense com um trecho do filme:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/08/brasil,i=147045/UMA+CHANCE+AS+CRIANCAS+INDIGENAS.shtml


Hoje a tarde(04/11), recebi um telefonema ilustre, inusitado. O excelentíssimo Senhor Deputado Doutour Rosinha, ligou-me, indignado, contestando o texto que escrevi acima. Quero deixar claro, que conheço a reputação desse parlamentar em meu estado(PR). Em nenhum momento pensei em denegrir a sua imagem. Ele tem uma história política limpa e digna. Confiável. Merecedor da confiança do povo. Situação que não se compra, se conquista. Não é um parlapatão.

Esses elogias são verdadeiros. Realmente não se trata de ironia ou hipocrisia.

No entanto, não posso deixar de relatar que a jornalista Sandra Terena foi até a Brasília solicitiar uma audiência pública sobre o sacrifício de crianças indígenas no Brasil sob a ótica do seu filme "Quebrando o Silêncio", que mostra o depoimento de índios vítimas do infantícidio. Falou pessoalente com o deputado, que atendeu-a já a noite, depois do expediente. Atitude louvável.

Quase um mês depois da visita de Sandra, liguei ao gabinete do Doutor Rosinha para saber notícias sobra a audiência. Nesse momento, uma funcionária do deputado me disse que a equipe do gabinete tinha avaliado a situação, e, decidiram não solicitar a audiência pública na Comissão de Direitos Humanos porque o assunto já fora debatido no ano passado. Ela não dera nenhuma satisfação a Sandra, que espera ansiosa por uma resposta. Situação que ainda permanece. Insisti com ela, e disse que seria importante uma nova audiência porque nesse momento o assunto seria debatido em cima de fatos concretos que evidenciam a prática do infantícidio e, principalmente, relatos de lideranças indígenas clamando por socorro. Insisti. Insisti. Falei a essa funcionária sobre a relevância social do tema. Pedi. Pedi. Afinal, são vidas que estão em jogo. No final da conversa, que durou cerca de dez minutos, ela irritada comigo, disse que a conversa estava Esdrúxula e desligou o telefone abruptamente.




Sobre minha conversa com o Dr. Rosinha ao telefone, tenho a dizer que ele foi até muito educado para quem acabara de ler uma crítica. No fim da conversa duas frases ficaram. Uma minha e outra dele."Essa funcionária está comigo há dez anos. Prefiro acreditar nela do que em você, que conhece esses dias", disse o deputado sobre a minha discussão com sua funcionária. "Assim como essa luz do sol brilha durante o dia, pela relevância social deste tema, vossa senhoria vai participar dessa audiência pública. Se não for solicitada pelo senhor, outro deputado solicitará", disse eu. Nesse momento da conversa, já em tom cordial e nós dois com os animos mais calmos.

Pessoas são pessoas. Estão sujeitas a errar. Somos demasiadamente humanos, como diria Marcelo Tás.

Acredito que a decisão de não solicitar a audiência pública é um erro, mas cada um tem a sua verdade.

Devido a alta relevância social deste tema, acredito que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados deve fazer uma audiência pública.


Para quem quiser opinar sobre isso, me envie um email para oswaldo_eustaquio@hotmail.com

Se quiserem falar com o deputado Dr. Rosinha - dep.dr.rosinha@camara.gov.br

link matéria do Correio Braziliense com um trecho do filme:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/10/08/brasil,i=147045/UMA+CHANCE+AS+CRIANCAS+INDIGENAS.shtml

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